sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O fim de semana não foi dos melhores em Cascavel

Apesar do meu excelente desempenho nos treinos, problemas nas corridas da 7a Etapa do Mercedes-Benz Grand Challenge, em Cascavel, me impediram de alcançar bons resultados.
 

Minha chegada no Autódromo de Cascavel se deu no meio da tarde de Quinta-feira. Logo após reencontrar a equipe, busquei ter meu primeiro contato com a pista, andando com um carro de rua e verificando o que eu havia visto no simulador. Chovia muito e este fato nos fazia crer que usaríamos pneus de chuva no final de semana.
 
Assim como em Campo Grande, ocorreram três treinos na Sexta-feira, todos com tempo ensolarado. Os primeiros contatos com a pista foram um tanto quanto assustadores - o relevo e a inclinação das curvas são muito significativos; além de o traçado ser muito rápido. O trabalho no simulador certamente contribuiu bastante para uma rápida adaptação com a pista por minha parte. Consegui ser rápido desde o início do dia, embora eu tenha demorado para conseguir ser constante - a sujeira e os pulos no meio das curvas contribuem para que os erros aconteçam e me levaram, inclusive, a "adquirir um terreno" no final do temido "Bacião", onde escapei para a grama diversas vezes. Fui o 5º colocado no primeiro treino, o 4º no segundo e o 7º no terceiro - sendo que neste, ao contrário da maioria dos pilotos, não passei pneus novos e fui apenas 7 décimos de segundo mais lento que o primeiro colocado. A expectativa era grande para a Classificação, quando eu usaria os pneus novos.
 
Na manhã de Sábado, cheguei à pista para fazer a Classificação. Os resultados do dia anterior me faziam acreditar na possibilidade da pole-position. O carro, entretanto, não se comportou como esperávamos com os pneus novos e o tempo de 1:14.584 que obtive me garantiu a 5ª colocação no grid para a corrida daquele dia.
 
Após analisar o comportamento do carro junto da equipe Rsports e fazer algumas alterações de acerto, alinhei para a primeira corrida do final de semana. A vantagem que imaginei que teria largando pelo lado de dentro deixou de existir quando dois pilotos a minha frente se tocaram na primeira curva - um deles rodou logo em seguida e me obrigou a reduzir a velocidade. Fechei a primeira volta na 7ª posição e teve início, então, uma corrida de recuperação. Não demorou muito para que eu reassumisse a 5ª posição. O carro, entretanto, ainda não se comportava de forma ideal e fui fortemente pressionado pelo sexto colocado - de qualquer forma, como havíamos abrido grande vantagem em relação ao sétimo, parecia certa a largada na primeira fila na corrida de Domingo com a inversão dos seis primeiros colocados prevista em regulamento. Esse excelente panorama foi alterado na décima quarta volta quando, em uma freada, recebi um forte toque na traseira por parte desse piloto que me pressionava. Se foi intencional ou um erro grosseiro, não sei; o certo é que o impacto levou minha C250 a acionar o "Módulo de Segurança" e desengatar a marcha. Tive que parar o carro e resetar o sistema, perdi várias posições e terminei a prova na 10ª posição (que se tornou 9ª após a desclassificação de um participante).
 

O Domingo começou com um warm-up. Meu carro ficou muito bem acertado após os ajustes feitos pela Rsports na tarde do dia anterior e, mesmo sem forçar muito e sem encontrar a volta ideal, fui o 4º mais rápido. O dia foi muito corrido: assim que saímos do carro após o aquecimento, começou a visitação de boxes (quando, como sempre, recebemos e tiramos fotos com um número muito grande de pessoas) e, logo em seguida, às 10:45, começou a segunda corrida do final de semana (transmitida pela RedeTV às duas da tarde). Largando da 9ª posição com o diferencial de estar de pneus novos, sabia que teria chances reais de conquistar a vitória se fizesse uma boa largada - a estratégia era ser agressivo, fazer o Bacião por fora. No meio dessa primeira curva eu já havia ultrapassado três pilotos (entre eles o que terminou a corrida da terceira posição) e me posicionei atrás do piloto que fechou a prova na segunda colocação, disputando a liderança. Tudo parecia muito tranquilo, até que passei em uma irregularidade, "pulei" e não consegui evitar que as rodas esquerdas tocassem a grama, levando todo o carro para fora da pista em seguida. Além de várias posições, perdi na escapada meu parachoque. Mesmo com o carro um pouco desalinhado, meu desempenho foi bom nas voltas seguintes e recuperei algumas posições. Na quinta volta, entretanto, recebi a bandeira preta com laranja que ordena a entrada nos boxes para reparo do equipamento. Meu fim de semana, que poderia ser de alegrias, terminou naquele momento.
 
Fins de semana ruins acontecem e temos que saber não apenas como lidar com eles, mas também absorver o aprendizado que podem nos oferecer. Gostaria de aproveitar o espaço para agradecer a equipe Rsports pelo trabalho e pela dedicação ao meu carro. Além disso, parabenizo, a ela e aos demais pilotos, pelos excelentes resultados obtidos. Agora é focar na última etapa em Interlagos - pista que conheço muito bem - para que os bons resultados que eu vinha conquistando retornem.

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