terça-feira, 28 de agosto de 2012

Mais quebras na Copa Marshal

Nesse último final de semana, do dia 26 de Agosto, a Associação de Pilotos pediu que cada piloto preenchesse um formulário com sugestões para a temporada do ano que vem do Paulista de Marcas e Pilotos. Pensei em sugerir um campeonato paralelo em que cada quebra valeria um ponto - provavelmente eu estaria liderando essa competição. Brincadeiras a parte, mais uma vez, nessa 8a etapa da Copa Marshal de Marcas e Pilotos, corridas promissoras foram interrompidas por problemas com o carro.
 
Assim como na semana da 7a etapa, não fiz os treinos da Quinta-feira. Cheguei na sexta, o Chevrolet Corsa já estava pronto e fui para a pista assim que o treino começou. O comportamento do carro, cujo acerto havia sido completamente revisado pela equipe Arias, era muito bom no clima quente e seco de Interlagos. Não houve necessidade de muitas mudanças - terminei o primeiro treino na ponta, primeiro lugar geral e da Light. A tarde, como já é de costume, começamos com pneus usados e colocamos pneus novos para a segunda metade do treino, visando observar o comportamento do Corsa e, se necessário, fazer mudanças no setup. Novamente não foi preciso fazer nenhum tipo de alteração. Tudo estava muito certo e, assim, terminei o treino na segunda posição geral e da Light, apenas alguns centésimos mais lento que o primeiro colocado.
 
Fui para a Classificação com uma expectativa muito grande e positiva. Buscando tirar o maior proveito possível do carro que tinha nas mãos, ainda nas primeiras voltas virei o tempo de 2:03.097 - marca que, até o momento, me garantia a primeira posição geral para a primeira largada de Domingo. Alguns minutos depois, entretando, outro piloto, também da categoria Light, utilizando do vácuo de um companheiro de equipe, superou minha marca por 2 décimos de segundo. Sem um piloto que me cedesse o vácuo na reta principal, tive que me contentar com a segunda posição, geral e da Light - um ótimo resultado.
 
 
Alinhei, para a primeira bateria, na posição que garanti na Classificação. Minha largada não foi muito boa e acabei caindo da segunda para a quarta colocação antes mesmo do S do Senna - primeira curva do circuito. Fui ganhando terreno no decorrer da corrida. Assumi o terceiro lugar na abertura da segunda volta e o segundo lugar na volta seguinte. Fechando voltas muito rápidas, me aproximei do primeiro colocação. Foi na quinta volta, enquanto descia o Mergulho, entretanto, que o rolamento traseiro direito do meu Chevrolet Corsa quebrou. Tive que recolher para o box. Acabava ali a primeira corrida.
 
Segunda bateria, estacionei o Corsa de número 999 pouco depois da Curva do Café - ali fica a marca que determina a quadragésima primeira posição do grid. Sabia que enfrentaria uma corrida difícil - mas divertida - e que uma rápida recuperação era essencial para que eu conseguisse um bom resultado ao final da prova. Um piloto rodado na minha frente na segunda perna do S do Senna atrapalhou bastante meu início de corrida. Perdi posições na largada, caí quase para a última colocação. Vim me recuperando aos poucos, fazendo diversas ultrapassagens e, pouco antes da metade da corrida, quando uma bandeira vermelha foi acionada e interrompeu a prova, eu já estava na vigésima segunda posição geral. A corrida foi reiniciada após alguns minutos e retomei meu trabalho para ganhar posições. Ainda restavam 8 voltas para o fim, eu ocupava a sétima posição geral, terceira da Light, quando a borboleta do acelerador do meu Chevrolet prata e azul quebrou.
 
Assim teminou o fim de semana da 8a etapa da Copa Marshal de Marcas e Pilotos - sem troféus ou pontos, com o campeonato comprometido. Embora possa parecer decepcionante ter corridas com chances reais de vitória comprometidas por problemas mecânicos, é sempre importante ter em mente que assim é o automobilismo. Quebras fazem parte do esporte e é preciso saber lidar com elas.
 
Os vídeos das corridas brevemente estarão aqui publicados. Ainda não há data certa para as próximas etapas.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Mega Space de cara nova

Maior em extensão e com um traçado mais desafiador, o autódromo do Mega Space foi reinaugurado neste último Sábado, após aproximadamente 1 ano e meio de reformas. Além da pista, uma outra figura estreou novamente nesse mesmo dia, após mais de 6 meses de reforma: meu VW Gol G4.

Confesso que, ao chegar no Mega Space, fiquei um pouco surpreso com o novo relevo da pista. A subida, fortemente inclinada, no final da reta, bem como a descida no estilo "canyon", são diferentes de tudo que já vi em autódromos. Mal podia esperar pela hora de acelerar.



Ao volante do carro, na pista de grande largura, o relevo torna-se um obstáculo mais tranquilo do que se imagina. O perigo também é amenizado, mas nem por isso o traçado deixa de ser desafiador. A sensação de pilotar no novo Mega Space é muito prazerosa!

Aproximadamente 15 pilotos treinaram. Carlos Lange, Cláudio Roscoe, Fábio França, Flávio Costa, Guilherme Pena, Gustavo Mascarenhas, Hueber Cimini Jr., Ivan Mendes, Leonardo Mallaco, Luis Guilherme Filgueiras, Miguel Mallaco, Max Costa, Paulo Pena, Wanderson Freitas, Wilton Pena e Yuri Thomé foram alguns dos nomes que por lá estiveram. Luis Filgueiras inclusive ficou hospedado com seu filho Gustavo aqui em casa, o que foi bem legal; e, pela primeira vez, não se envolveu em nenhum toque comigo - ainda bem, pois a pista não dava muita margem para toques. Todos com os quais conversei aprovaram o traçado e se mostraram muito entusiasmados com a pista. Certamente estarão todos lá novamente no próximo treino e o número de pilotos tende a crescer muito.

O vídeo a seguir é de uma volta no circuito. No momento da gravação a pista ainda estava bem suja, mas dá para se ter uma idéia de como é o traçado!

A estréia da Cadeira Elétrica

Uma novidade no meu VW Gol G4, recém preparado pela equipe Arias Motorsport, é a presença do banco do "carona", a tradicional cadeira elétrica. A estréia desse recurso aconteceu neste Sábado e foi com meu tio e padrinho, Cristiano. Não podia ter sido melhor - nem mais engraçada!

Só assistindo mesmo para entender:

Susto

Foi logo na saída dos boxes do Mega Space, quando eu preparava a troca para a terceira marcha, que o capô do meu VW Gol G4 abriu. Por sorte a velocidade não era alta e o parabrisa não quebrou.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

De volta ao Paulista de Marcas e Pilotos

Ocorreu em Interlagos neste último final de semana a 7a etapa da Copa Marshal de Marcas e Pilotos. O evento marcou minha volta à categoria depois da participação no Mercedes-Benz Grand Challenge.
 
Uma novidade dessa etapa foi o fato de eu ter competido com um GM Corsa. Andei no carro pela primeira vez em um treino realizado alguns dias antes da corrida. Além de me sentir muito confortável, registrei uma marca na qual, inicialmente, não acreditei: 2:01.93, confirmados na tela do HotLap. Vale lembrar que, até esse dia, minha melhor marca na categoria era um 2:03.6, registrado na segunda bateria da 5a etapa. A expectativa era grande para a corrida.
  
Confiante no potencial do veículo, não treinei na Quinta-feira, como de costume. Fui para a pista na sexta de manhã e na segunda volta já registrei a marca de 2:02.9. Após algum tempo de treino, quando outros pilotos se aproximaram desse tempo, voltei para a pista e dei mais uma volta rápida, 3 décimos melhor que a anterior: 2:02.6. Nos últimos minutos minha marca foi superada por um piloto, mas considerando que foram apenas três voltas rápidas nesse treino de 50 minutos, a segunda posição foi um excelente resultado.

Assim que começou o treino da tarde fui para a pista com o GM Corsa. O plano era completar algumas voltas com os pneus que fizeram o treino da manhã e, então, testar pneus dianteiros novos, que teoricamente melhorariam o tempo. Essa expectativa de melhora, entretanto, não se concretizou. O comportamento do carro foi profundamente alterado e, as entradas de curva, extremamente comprometidas. Os acertos não resolveram muita coisa. Terminei o treino na terceira posição, mas a diferença para o primeiro colocado, que antes era de menos de 2 décimos de segundo, passou a ser de mais de 1 segundo. Teríamos que pensar em alguma mudança para o treino classificatório.

Juntamente com a equipe Arias fiz algumas alterações no acerto do carro para a Classificação. A pole-position seria muito importante para o campeonato e, diante da situação que enfretávamos, eu sabia que teria que dar o máximo de mim para conquistá-la. Meu esforço não foi suficiente para compensar a deficiência do GM Corsa em curvas. Garanti a terceira posição, geral e da Light, para a largada da primeira bateria.

Ao analisar a suspensão do Corsa após a Classificação, visando encontrar a causa para o mal-comportamento do veículo, a equipe Arias descobriu que os amortecedores chegaram com muito menos carga do que deveriam estar. Eles foram logo trocados e, minha confiança para a corrida, retomada.

 

Domingo, tempo fechado, tudo pronto para o início da primeira bateria. Caí para a quarta posição geral na largada depois de ter sido ultrapassado pelo competitivo Luis Filgueiras. O comportamento do carro havia melhorado bastante. Não tive dificuldades para ultrapassá-lo. Me aproximei dos líderes e cheguei a ficar lado a lado com o segundo colocado. Na segunda metade da corrida, entretanto, notei uma significativa queda de desempenho no motor do Corsa número 999. O Data Logger me indicava que a mistura estava muito fina. Havia algo errado e a estratégia, a partir desse momento, passou a ser a de poupar o carro para evitar a quebra do motor e, assim, completar a bateria na terceira posição, geral e da Light (sim, os três primeiros eram da categoria Light, cujos pilotos apresentam experiência intermediária na categoria). Fiz a última volta com o motor já dando seus últimos suspiros. Consegui manter a posição.
Um grande esforço foi exigido da equipe Arias para que o motor fosse trocado a tempo para a segunda bateria. Como se não bastasse a complicada troca, o novo motor não dava partida. Descobrimos que o que havia causado problemas na primeira bateria - e agora dificultava a preparação do carro para a segunda bateria - é a quebra do alternador. Com muito esforço e após um belo trabalho de equipe a troca foi concluída, apenas alguns segundos antes do fechamento dos boxes.
Punido em 10 posições pela troca do motor, alinhei na décima quarta posição geral para a segunda bateria. Quando as luzes se apagaram, começou uma das corridas mais disputadas da minha vida. Foram inúmeras brigas, emocionantes, mas com muita consciência, envolvendo Luis Filgueiras, Cláudio Roscoe, Rodrigo Moreno e Arthur Bragantini. Cheguei a ocupar a segunda posição, geral e da Light, por algumas voltas. Fui superado por Wanderson Freitas e concluí a prova na terceira posição geral, segunda da Light, resultado mais que satisfatório depois de quase não conseguir sair dos boxes e fazer corrida de recuperação. Enfim, foi um final de semana difícil, mas que rendeu boas disputas e terminou com um ótimo resultado. As imagens registradas por minhas câmeras nas corridas ficaram muito boas e, assim que finalizado o processo de edição, estarão aqui.
A próxima etapa é daqui a duas semanas, no dia 26 desse mês.