Tive, nesta Sexta-feira, em um treino de 45 minutos, meu primeiro contato com o Circuito do Anhembi, que também foi minha primeira experiência em uma pista de rua.
Chegando na região do Sambódromo, hoje pela manhã, me deparei com uma organização que já indicou o quão burocrática será esta etapa em conjunto com a Fórmula Indy. Tive que fazer uma longa caminhada até encontrar um portão de acesso ao Pavilhão do Anhembi, seguida de outra significativa caminhada, para o lado contrário, rumo ao galpão onde, bem no cantinho, estão instalados os boxes do Mercedes-Benz Grand Challenge e do Brasileiro de Gran Turismo.
Fato é que, pontualmente às 15 horas, fomos todos para a pista reconhecer o traçado - com o qual só havia tido contato por meio de simuladores - e buscar fazer voltas rápidas. Inicialmente dei algumas voltas cautelosas, mais lentas que as do pelotão, com o objetivo de fazer a associação entre o real e o virtual e planejar o traçado que eu acreditava ser o ideal. Comecei a levar o carro ao limite e confesso que nas primeiras voltas senti um frio na barriga ao passar perto dos muros deste circuito em que as áreas de escape praticamente não existem. Não demorou muito para que eu me estabelecesse como o 2º mais rápido da pista. A partir desse momento, fui adequando o traçado, ganhando confiança, passando mais perto dos muros e com mais naturalidade e, assim, a diferença para o líder do treino foi diminuindo. Uma parada para recalibrar os pneus e, ao voltar para a pista, cravei uma volta 7 décimos mais lenta que a mais rápida do treino. Mais uma parada, dessa vez para fazer ajustes de suspensão, mais adequações no traçado, mais confiança e, já no final da sessão, cravei a volta de 1:57.795 que me assegurou a 2ª posição no treino, com 241 milésimos de desvantagem em relação ao 1º colocado e 703 de vantagem em relação ao 3º.
A experiência de pilotar um carro de corrida em uma pista estreita, sem áreas de escape e que, portanto, não dá margem para erros, me agradou. O Circuito do Anhembi ainda consegue conciliar essas características a um traçado com trechos de alta velocidade, o que o torna ainda mais empolgante e desafiador. O fato de o carro ter se comportado muito bem no decorrer do treino, sem apresentar falhas, nos tranquiliza e confirma que o trabalho da equipe Rsports foi, mais uma vez, eficiente. Minha C 250 Turbo, ademais, se mostrou em condições competitivas nessa primeira sessão, o que aumenta nossa expectativa por um bom resultado e indica que certamente teremos condições de brigar pelo campeonato este ano.
Amanhã é dia de mais um curto treino e Classificação. Também é dia de ver pela primeira vez os carros da Fórmula Indy na pista. O resumo do Sábado, claro, posto aqui.
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